Amar... é complicado, ou melhor, amar... não é o suficiente. Tanto é assim que Jane (Meryl Streep) e Jake (Alec Baldwin), apesar de terem reencontrado o amor após dez anos de divórcio, não têm um happy- ending ao estilo de Hollywood e afastam-se amorosa e definitivamente (?) no final do filme. Haver um Adam (Steve Martin) a declarar-se a Jane parece ser mera coincidência. Não creio de fosse uma peça fundamental para o ex-casal não ter reatado a relação, não obstante ficar, no fim do filme, uma porta aberta para a possibilidade de Jane e Adam poderem partir do zero e construir uma NOVA história de amor, metaforicamente representada pela construção do anexo no jardim de Jane, cujo projectista é precisamente Adam.
Foram mais as vicissitudes da vida, o inefável efeito da ampulheta do tempo que passa que não simplificaram a vida a Jane e Jake. Contrariando a vontade que se possa sentir ao ver o filme de os dois ficarem juntos, reconhece-se que provavelmente foi melhor assim... Tinham-se quebrado já demasiados cristais; não havia forma de voltar atrás, à inocência do amor. Será mesmo assim? Será uma nota pessimista sobre o amor ou a constatação de uma verdade? Acredito que seja complicado responder...