Quem me conhece sabe que raramente falo de política, muito menos me envolvo em grandes discussões sobre partidos, direita, esquerda (para mim ainda me parece tudo a mesma coisa). No entanto, os acontecimentos dos últimos dias, meses, anos têm-me deixado um pouco irritada com o que por aí vai.
A lista da nossa vergonha pública (política) é longa. Parece que (exceptuando outros escândalos e controvérsias mais antigos) tudo começou com o caso Casa Pia. Depois, os sucessores são vários e ilustres: licenciatura de Sócrates, Freeport, Apito Dourado, Face Oculta...
Para tudo isto, só tenho quatro observações:
1 - ou o "ilustre peito lusitano" acordou de um longo sono de ingenuidade colectiva ao pensar que nos bastidores da política não há jogos de poder, uma "corrupçãozita aqui, outra acolá";
2 - ou os políticos actuais estão a perder ancestrais capacidades de nos iludirem e manipularem tão bem que pensamos que realmente lutam para defender a res publica;
3 - ou os jornalistas actuais são muito mais espertos;
4 - ou realmente a situação é tão grave que está a rebentar pelas costuras...
A verdade é que não se sabe quem tem razão... Ou melhor, provavelmente meia dúzia até sabe...
De qualquer modo, por mais apartidária que possa parecer, ainda me resta alguma esperança em acreditar que a existência de partidos políticos é um sinal vivo de democracia. Sem eles, sem ela, estaríamos possivelmente bem pior.
Se vou votar no Dr. Fernando Nobre para Presidente da República? Não sei ainda... Mas, ontem, soou-me bastante tentadora a ideia... Espero é que o país não faça dele um novo Obama!