Esta bem podia ser a resposta à pergunta que lancei há uns "posts" atrás. Curiosamente, foi lendo o livro, que me fez pôr a questão, que encontrei a resposta:
"Nunca li muito porque quisesse saber mais. Aliás sei muito pouco. Quanto mais leio mais sei que menos sei. Mas li por outra razão: para encontrar, entre os livros, tantos, os que são bons. E para defender estes como quem, entrincheirado, defende a própria beleza da vida. Não os que são bons em si mesmos - isto é, o cânone dos 'clássicos'. Mas aqueles que são-bons-para-mim ('ça me regarde'). Os meus encontros decisivos. Os meus rostos redentores. Sei que são poucos. Mas ainda não sei qual a lista definitiva. Leio para aprender os seus nomes. Para prolongar a lista. Para a tornar perfeita. E quanto mais leio mais me confirmo na convicção de que alguns dos encontros fundamentais estão ainda por fazer."
Eduardo Prado Coelho, Tudo o que não Escrevi, vol.1, p. 189