domingo, 14 de fevereiro de 2010

Em Noite S. Valentim...


(a imagem foi "roubada" daqui: recantodasletras.uol.com.br)
Será que todos os grandes amores têm de ser grandes (a repetição é propositada), efémeros e infelizes? Pelo menos a literatura, o cinema e a História assim os narram, e longa é a lista: de Romeu e Julieta, Tristão (este já levava no nome o destino de eterna tristeza) e Isolda, Inês de Castro a Love Story, O Paciente Inglês?
Será que todos os grandes amores não resistem à passagem do tempo, à banalidade do quotidiano, às listas de compras do supermercado, às dívidas no banco?
Será que a morte ou outro incontornável motivo têm de aparecer antes para que para sempre este amor seja recordado, enaltecido? Será que o amor perdura na ausência do outro, dos próprios?
Se calhar, em vez de se celebrar o Dia dos Namorados (aqueles embevecidos seres que trocam peluches, cartões, rosas vermelhas e jantares à luz das velas que eles próprios não cozinharam), dever-se-ia comemorar o Dia do Marido e da Mulher... Se calhar é entre eles que floresce o verdadeiro amor. São eles os grandes sobreviventes de um sentimento que um dia floresceu - culpa de Cupido. A eles só lhes resta ficar por aí à espera de alguma morte natural, da extinção da sua própria paixão...