sábado, 30 de outubro de 2010

Para reflectir...

      Acreditem que não é por medo de bruxas, vassouras voadoras, fantasmas, gatos pretos, teias de aranha, abóboras esventradas que não gosto do Halloween! Não gosto, porque... não gosto! Que me perdoem os simpáticos colegas de Inglês, mas celebrá-lo nas escolas ainda me causa mais (des)gosto. Compreendo que esteja dentro do âmbito do estudo das tradições da língua inglesa (e da cultura norte-americana, mais concretamente, se bem que levada para lá pelos colonos europeus), mas não vejo muitos pontos positivos no destaque que lhe dado actualmente. Resume-se, mais ou menos, a isso: ao histerismo generalizado em corredores e (para mal dos meus pecados) dentro das salas de aula; ao grito; ao ruído; à confusão. Podem até pensar que o problema é meu; que sou esquisita e que a ioga me anda a fazer mal, mas afinal este ainda é o meu blogue e nele posso ser a bruxa-mor e lançar uns bruxedos, que é como quem diz umas críticas...
      Já que na sociedade (em sentido global) não se podem combater muitos destes excessos, que na escola se entendesse a educação de uma forma diferente não seria um mau princípio se queremos alunos mais calmos, concentrados. Se calhar, o objectivo é também catárquico e, através da exposição do (e ao) medo, libertar uns demónios e purificar a alma... Não sei... Achava muito mais pertinente, por exemplo, a promoção de momentos e de lugares de relaxamento, acompanhados ou não de música (adequada ao efeito); o contacto com outras formas de arte, mas, acima de tudo,  o gosto e o respeito pelo silêncio: o próprio e o dos outros. Ganhavam todos: alunos, professores, funcionários, pais...
      Ah, antes que me esqueça, não compro rebuçados para distribuir às caras feias que me aparecem à porta. Os meus rebuçados são entregues por vontade a quem me devolve um sorriso, a amizade e o respeito.