Sugestão televisiva do dia...

      O canal Fox (posição 62 da Meo) estreou ontem a série "The Prisoner", que conta com seis episódios. O primeiro argumento de peso (em caso de dúvida sobre este meu destaque, é favor consultar posts anteriores) é o protagonista: Jim Caviezel. O segundo é Ian Mckellen. Para além de ser um bom actor, ficará para sempre na minha memória cinematográfica como o Gandalf de "O Senhor dos Anéis". Bela voz, belo "british accent"...

      Pela minha breve pesquisa, concluí que a série é um remake da série dos anos 60 com o mesmo nome. Por aquilo que vi ontem, não sei se vou deixar todos os episódios gravados na "caixinha" da Meo. Pareceu-me um enredo bastante estranho -  uma  mistura pouco original com os seguintes ingredientes: "A Ilha", "1984", "The Island of Doctor Moreau", "The Village"... Claro que estas minhas associações são muito subjectivas. Descubram as vossas...

Sobre o PEC...

materiais, cores, formas

Sobre a reutilização... de palitos de dentes...

Estas e outras imagens semelhantes chegaram hoje via e-email. Infelizmente e como tantas outras, não vêm com referências precisas quanto aos seus autores.

"Verão" (As Quatro Estações, Vivaldi)

      Bom, agora é fechar os olhos e sentir o calor estival que, dizem os entendidos, este fragmento de "As Quatro Estações" transmite. Confesso que nunca consegui sentir este efeito. Tal como também não o consigo em relação aos passarinhos e ao desabrochar das flores da "Primavera"; às tempestades do "Inverno", o que deve fazer de mim uma má ouvinte de Vivaldi. Mas não faz mal. Nem toda a gente se pode dar ao luxo de nascer em Veneza e crescer rodeado de água, cor e fantasia, como era a cidade italiana em finais do século XVII. 

Para reflectir...

      Quanto mais escrevo neste blogue mais certa estou de que se trata de uma forma de diarismo. O suporte (informático) é que é uma novidade dos tempos. De vez em quando corro para aqui (tal como vejo fazer muitos outros bloggers) em busca de um lugar de convívio comigo e com os outros. Começou por ser uma espécie de experiência (não propriamente sociológica, porque tinha de me dedicar a análises estatísticas e a comprovações científicas, entenda-se a parte aborrecida da questão), mas de tentar perceber melhor, através do meu próprio juízo, o que leva os diaristas/bloggers a este processo de autodesvelamento voluntário. Tem sido também um meio de me rever um pouco no papel do escritor que ando a estudar.

      Balanço das conclusões até ao momento: 104 páginas de árduo trabalho e umas gotas de inspiração... 

   

“Rabiscar estar notas é, pois, encontrar-me numa dimensão situada à margem dos afazeres profissionais e, por isso, elas me são gratas. Porque me divertem, distraem, estimulam, apesar de fragmentárias. Bem ou mal, isoladas ou em conjunto, traduzem uma forma de convívio, e é isso que eu nelas procuro. Feitas as contas, um diário pouco mais é do que isso: um modo de ir andando a sós, por entre as horas e os dias.”

Marcello Duarte Mathias, O Diário de Paris, p. 329

Mundial da África do Sul - Episódio 3

Apesar de tudo, prefiro ver a Selecção Portuguesa ganhar por 7-0 do que a Francesa em dias de Revolução...

Mundial da África do Sul - Episódio 2

Qual o melhor look de David James (guarda-redes de Inglaterra)?

Caracóis? Penteadinho? Ou assim-assim?

"Discos pedidos"

"In Memoriam..."

(1922-2010)

"[...] o padre virou-se para ela, sorriu, olhou um e olhou outro, e declarou, Tu és Sete-Sóis, porque vês às claras, tu Sete-Luas porque vês às escuras, e, assim, Blimunda, que até aí só se chamava, como sua mãe, de Jesus, ficou sendo Sete-Luas, e bem baptizada estava, que o baptismo foi de padre, não alcunha de qualquer um. Dormiram nessa noite os sóis e as luas abraçados, enquanto as estrelas giravam devagar no céu, Lua onde estás, Sol aonde vais."

José Saramago, Memorial do Convento

      A notícia da  morte de José Saramago chegou-me na hora do almoço, com um misto de tristeza, pela perda de um grande escritor, e de conformismo, que o peso dos seus 87 anos e da doença assim o fazia o prever.

      Não é muito recente esta minha adesão à sua escrita. Chegou aos 33 anos, no dia em que reli O Memorial do Convento. Realmente é muito diferente ler um livro aos 20 ou aos 30 anos. Antes aborrecia-me a infracção das regras da composição dos diálogos; a abolição dos pontos de interrogação, de exclamação; os longuíssimos parágrafos. Era uma aberração que me dificultava a leitura escorreita; um atentado ao purismo da língua e da gramática que eu teimava em defender. Hoje, ultrapassados estes obstáculos, consigo desfrutar da riqueza do seu imaginário, da sua fina ironia e do sentido crítico. Infelizmente, o tempo disponível só me permitiu ler ainda A Jangada de Pedra, Ensaio sobre a Cegueira, As Intermitências da Morte, A Viagem do Elefante...

      Ainda bem que sou capaz de dar o braço a torcer.

Vai uma história?

Os melhores pintores

      Ainda a propósito de pintura, os persas contam que foi um dia organizado um concurso de pintura entre dois grupos de artistas. Uns eram chineses, os outros bizantinos.

      O príncipe decidiu opô-los num concurso.

      Os dois grupos de pintores foram colocados numa sala que um cortinado separava em dois espaços iguais, e encarregados de decorar as duas paredes opostas.

      Os chinenes pediram uma grande quantidade de pincéis, trinchas e cores de toda a espécie.

      Os pintores bizantinos, para surpresa geral, não pediram nada.

      No dia da inauguração o rei foi lá com toda a sua corte. Destaparam primeiro os frescos chineses e todos ficaram maravilhados. Via-se ali um trabalho insuperável.

      Então destaparam a parede dos bizantinos e nessa parede viram, mas em posição inversa, as mesmas figuras e as mesmas cores da parede pintada pelos chineses. Os bizantinos tinham-se contentado em polir incansavelmente a parede, ao ponto de a terem transformado num espelho cintilante.

      As pinturas dos chineses reflectiam-se nesta parede sem sofrerem das asperezas da própria parede e dos defeitos indisfarçáveis do reboco. As imagens ganhavam ali a sua pureza, uma graça, uma leveza tanto mais belas quando eram inesperadas.

Jean-Claude Carrière, Tertúlia de Mentirosos, p. 51. 

"Searching"

Há uns anos atrás a RTP Açores passava frequentemente vários videoclips do Luís Bettencourt. Apesar de muitas vezes ser para encher intervalos, avarias técnicas, o que não deve ser muito digno para os artistas, eram sempre muito bem-vindos e vistos com muita atenção. Principalmente este. Eu era fã n.º 1. Acho a melodia linda. Quando trauteei uma vez uma das suas canções, ficou admirado: "Oh rapariga, como é que conheces isso?" Que o digam as velhas cassetes de VHS que se fartavam de trabalhar durante os intervalos...

Sugestão do dia...

Para quem gosta de ver uns pezinhos artísticos, daqueles que dispensam as bolas de futebol para mostrarem a sua arte e o som da vuvuzelas a motivarem a sua dança...

Descobri este jovem bailarino há pouco no canal "BIO", posição 126 da MEO. Uau!

Por que razão conhecemos tão pouco portugueses assim?

O excerto que se segue foi retirado do site do Instituto Camões. Não é muito actual, mas contém informação elucidativa...

http://www.instituto-camoes.pt/suica/danca-telmo-moreira-ganha-premio-do-publico-no-prix-de-lausanne.html

"Dança: Telmo Moreira ganha Prémio do público no Prix de Lausanne

Suíça
Segunda, 02 Fevereiro 2009 19:04

O bailarino Telmo Moreira, ex-aluno do Conservatório Nacional, ganhou domingo, em Lausanne, o Prémio do Público no concurso internacional Prix de Lausanne e uma bolsa de estudo da OAK Foundation.
O bailarino português estuda actualmente na Academia Vaganova, em São Petersburgo (Rússia), depois de ter sido premiado com uma bolsa há dois anos, neste mesmo concurso.
A bailarina Inês Pedruco, da Escola de Dança do Conservatório Nacional, alcançou a semi-final do Prix de Lausanne deste ano.
Telmo Moreira foi distinguido com o Prémio de Participante Mais Jovem, no ano passado, na final do XXIII Concurso Internacional de Ballet de Varna, na Bulgária.
Actualmente com 18 anos, o jovem conquistou em 2007 o Prémio de Melhor Bailarino europeu, no escalão sénior do concurso Youth American Grand Prix, realizado em Nova Iorque.
Foi também um dos seis laureados na final do concurso de dança suíço Prix de Lausanne, uma das competições de dança mais importantes do mundo.
Fonte: Lusa"

Inspirações cinematográficas VI...

(Michael Pitt e Keira Knightley como Hervé e Hélène Joncour)

"Meu amor, não tenhas medo. Não fales. Fica como estás. Estou ao teu lado. Sentes-me? Quando te tocar pela primeira vez... sentirás o calor, mas não saberás de onde. Talvez seja nos teus olhos. Quem podia estragar este momento? Há sempre um final, não o vês? O que tínhamos de fazer já o fizemos. Creia, meu amor, que o fizemos para sempre. E, se fores feliz, não duvides em nenhum momento... em esquecer esta mulher que agora diz sem o mínimo arrependimento... Adeus."

(Silk, realizado por François Girard, 2007)

...

A passagem foi encontrada aqui: http://www.amoreoutrosdesastres.blogspot.com/.
Ficou a vontade de conhecer outros poemas da autora...

"Amor é o olhar total, que nunca pode
ser cantado nos poemas ou na música,
porque é tão-só próprio e bastante,
em si mesmo absoluto táctil,
que me cega, como chuva que cai
na minha cara, de faces nuas,
oferecidas sempre apenas à água."

Fiama Hasse Pais Brandão, Cenas Vivas

Para reflectir...

      Em epígrafe a A Felicidade em Albert Camus, aproximação à sua obra de Marcello Duarte Mathias: a minha leitura obrigatória desta noite...

"Não temos tempo para sermos nós próprios; temos apenas tempo para sermos felizes."

Albert Camus

"Não me venham com conclusões - a única conclusão é morrer."

Fernando Pessoa

...

      A minha "mania das limpezas" fez com que esta manhã o aspirador cá de casa engolisse a tecla M do portátil. Quem me manda comer bolachas e trabalhar ao mesmo tempo...

      Depois de esventrar e dissecar o conteúdo do glutão e  depois de cinco profundos espirros, lá encontrei a peça, que encaixou lindamente ao lado da vírgula...

      Lição aprendida!

Imagens de arquivo X...

A minha varanda tem andado muito viçosa...

Se houvesse dúvidas em relação ao vídeo anterior...

Esta música inspira alegria, lembra longas tardes de sol, cheira a bronzeador de côco e à sombra das palmeiras... e eu aqui em casa a trabalhar...

Não podia deixar de partilhar! Muito fofo!

Para reflectir...

"Viver no mundo sem ter a consciência do significado desse mesmo mundo é como deambular por uma enorme biblioteca sem tocar nos livros."

Dan Brown, O Símbolo Perdido

É por causa de exemplos destes que gosto de ler crónicas...

(Clicar para ampliar)

"Novidade" para os info-excluídos...

Na era do móvel, do wireless e do portátil... nada supera o livro.

Mundial da África do Sul - Episódio 1

Pior do que um jogo de futebol é assistir a um jogo de futebol ao som de centenas de vuvuzelas! Som irritante! Só deviam permitir aos adeptos instrumentos que pudessem ter sido musicados por Mozart...