quinta-feira, 9 de setembro de 2010

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      Antes que o trabalho aperte em várias frentes de combate, tenho-me entrincheirado a pôr em dia alguma leitura mais recreativa. Depois de Os Filhos da Meia-Noite, Siddhartha e Uma Ideia da Índia (Alberto Moravia), oferecido por uma companheira de viagem no aeroporto de Mumbai, há pouco acabei O Tigre Branco de Aravind Adiga. Foi um agradável regresso à Índia que deixei há onze dias;  à sua comida,  às gulab jamuns, ao paan espalhado pelas ruas, aos brancos Ambassadors, aos esgotos,  a Bodh Gaya, a Varanasi...
      Enfim, é um retrato cru, irónico de alguém que, para fugir à miséria da sua casta, segue um percurso em vários aspectos reprovável. Não é a Índia de Bollywood, dos marajás e da elevação espiritual; a Índia do mundo cor-de-rosa de Jaipur. É uma Índia verosímil, sem esquecer que se trata de uma obra de ficção... Foi esta também a que encontrei por lá, apesar da breve passagem. Não garanto é não ter guardado também uma versão mais cor-de-rosa só para mim...
      Próxima leitura: Os Flamingos Perdidos de Bombaim de Siddharth Dhanvant Shanghvi...