(retirada da Net)
O Tempo, sempre o Tempo.
Neste blogue, que nasceu de um relógio de areia
Na minha vida...
Entidade funesta, vestida de negro? De barbas brancas, arrastando os pés cansados?
Compreendê-lo é vivê-lo, sem pausas, sem retrocessos.
Quem foi o primeiro homem que o inventou? O converteu em segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, séculos, milénios? Quem nos fechou, nos espartilhou a todos em relógios?
O Tempo que eu quero que nunca acabe quando é um Tempo de Amor
O mesmo que, na sua ausência, se distende pelas paredes brancas da minha casa, da minha saudade...
O Tempo que não apaga as pegadas
O Tempo que não nos antecipa as passadas
O Tempo que me engana quando olho as estrelas e nelas vejo um passado a anos-luz
Enganam-me os olhos, engana-se quem eu sou?
Que ser sou este que vê no céu um passado anterior ao seu?
Que Deus me criou assim tão imperfeita?
Presa a um ponteiro, em equilíbrio, suspensa...
Luto contra ti, contigo a meu lado
Nesta batalha que já perdi
No dia em que nasci.
Catarina Alves
Catarina Alves